Referindo-me ao posicionamento
do deputado Jair Bolsonaro em entrevista para o documentário da BBC de frente
para Sthephen Fry, gay assumido, eu digo que é
repugnante a falta de respeito, primeiro com o indivíduo que está em sua
frente, te olhando no rosto e que é um dos atores do que está sendo criticado
de forma ignorante pelo deputado falando sobre “os brasileiros não gostarem de
homossexuais” (?).
Bem, a maioria de nós entende que Bolsonaro vende sua imagem de forma polêmica para estar na mídia, para manter seu status quo de conservador (macho alfa de costas brancas) e assim formar inquietações sociais despertando ódio, raiva e repúdio em sujeitos com algum preconceito contra homossexuais legitimando certas atitudes contra LGBTs em redes nacionais – e agora internacional – que se configuram inclusive como assédio moral.
O NOSSO PROBLEMA é que ficamos todos passivos a isso dizendo que “ele só quer aparecer”, mas enquanto ele “só aparece”, gays são assassinados por aí e ele, em seu intimo, deve se deliciar. NOSSO PROBLEMA é que “O GIGANTE ACORDOU”, mas adormeceu novamente, porque quando Cássia Eller diz que “mudaram as estações,mas nada mudou” é no sentido de que a gente pode até mudar de atitude, mas os resultados são os mesmos e aí “Bolsonaros” protagonizam o lugar de ativistas de movimentos de minorias, que lutam por uma sociedade menos narcisista e menos violenta, que são eclipsados pois não interessa à mídia. E necessário fazer leitura critica dessas personagens (folclóricas), como Bolsonaro, que aparecem e formam a imagem de nosso país, se expropriando da nossa opinião brasileira, quando diz por nós que não gostamos de gays. Onde fica nossa identidade brasileira? De que forma nosso país é vendido quando se dá voz a um sujeito desses? É verdade que pais de gays não se orgulham deles porque eles são simplesmente gays? Segundo o deputado, sim.
Não é segredo que temos uma política que ainda é extremamente machista, conservadora e homofóbica, que esqueceu (ou se negou) de caminhar e adaptar-se às novas configurações de nossa sociedade onde as pessoas exercem, com muito mais liberdade, o seu direito de se expressar e ser quem é. Eu sou gay e meus pais tem orgulho de mim por tudo que eu sou e não é nenhum político de merda que vai dizer que pais de gays não tem orgulho de seus filhos. Pátria amada, ame seus filhos pelo que eles tem a contribuir para sociedade, para a humanidade. E escandaloso foi Cazuza quando disse que “nossos inimigos estão no poder” e eles permaneceram.
>>interessante ler: CORREIO: "Nós brasileiros, não gostamos dos homossexuais" diz Jair Bolsonaro
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