sábado, 17 de maio de 2014

O ódio como estratégia política para vencer o PT


Por Ricardo Oliveira


Não é incomum encontrarmos manifestações de ódio ao partido que já soma 11 anos de governo, principalmente nas redes sociais; o Facebook, lugar onde todo tipo de histeria Macarthista é destilada, reúne da critica direitista tacanha a paranóia anticomunista. Nesta semana, os ânimos se exaltaram mais uma vez (a primeira no 1º de maio com o pronunciamento da presidenta) por conta de uma inserção do PT na TV, através de uma propaganda que alerta a população sobre os fantasmas do passado que estão a espreita; não deu outra, os raivosos acusam o partido de campanha terrorista.

O antipetismo está na moda e é alimentado pelas forças conservadoras e reacionárias, direitistas mordidos e carpideiras da ditadura, em parceria com a grande mídia (golpista) que apresenta a população a sua versão (tendenciosa) dos fatos, preocupada muito mais com campanhas negativas sobre o governo, que acabam demonstrando que de isenta não tem nada, pelo contrário, tem lado, partido e candidato.

A realidade, é que a direita não aceita de forma alguma o sucesso do PT a frente do país; é perceptível as diferenças e mudanças em onze anos de Lula e Dilma pós governos neoliberais; diferente do que os apóstolos do colapso econômico propagam, a sétima economia do mundo cresce sem abrir mão do social, do combate a miséria e da fome, da distribuição de renda, da geração de empregos e melhoria do salário mínimo, investindo no ensino superior e no ensino técnico e segue mantendo a economia estável.

Diante deste cenário, a direita deve fazer a sua reflexão e se perguntar o que resta para oferecer aos brasileiros e brasileiras; onde estão os seus projetos, onde estão as suas idéias? Uma oposição que se sustenta em calunias com o apoio dos meios de comunicação que trabalham incansavelmente para nos convencer que vamos de mal à pior, alimentar o derrotismo, a dúvida e a síndrome de vira latas. Não satisfeitos (por não conseguirem convencer ninguém, exceto os pessimistas), tomam o ódio como estratégia, odiar o progresso do país, odiar o PT, odiar a Dilma. Pelas redes correm conteúdos duvidosos que abusam do esvaziamento político com mensagens que estimulam muito mais a violência do que o convite ao debate de idéias; “Fora Dilma”, “Fora Petralhas”, exaltação a figuras como Joaquim Barbosa, Jair Bolsonaro, criticas infundadas à bolsa família, achismo, preconceito e senso comum, pode-se encontrar de tudo. Na TV assistimos os arautos da moral e dos bons costumes, que estimulam linchamentos e formulam opiniões de conteúdo reacionário, pura bravata sensacionalista de obscurantistas dedicados a confundir a opinião pública.

Nesta sincronia sinistra entre meios de comunicação oficiais e militância virtual, onde o objetivo é derrotar o PT a todo custo, a estratégia adotada é o ódio. Resta saber se nesta iniciativa, conseguirão emplacar seu candidato. Por outro lado, o PT deve fazer à autocrítica, avaliar as fragilidades na governança e estar pronto para assumir novos compromissos; em remodelar o seu dialogo com a sociedade, buscando aprofundar e qualificar esta relação com os diversos segmentos que a compõe.



Ricardo Oliveira - Psicólogo.

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