sábado, 17 de maio de 2014

Uma breve reflexão sobre o presente e o futuro.


O sucesso financeiro de uma empresa sempre esteve atrelada a qualidade da produção de seus trabalhadores, mas o inverso não é verdadeiro, o Mercado não é Deus, patrões não são faraós, e os trabalhadores não são servos. Logo quando alguém se diz "povo" e opina como se fosse "nobre" algo está claramente desconexo com o seu contexto e o seu momento histórico, a tolerância ao invés de caminho para o respeito vira um elogio ao separatismo levando a prática do imaginário de superioridade de indivíduos por serem o que são.

Encontra-se na luta pela manutenção do status quo, o mesmo que a luta pela sobrevivência de um homem primitivo. Pois não seriam os ataques diretos proferidos de modo irracional, ausentes de uma proposta e de uma reflexão sobre o debate, uma nova vestimenta para o tacape e a funda? Assim ao abrirem a boca para proporem algo, conseguem soar tão absurdos que preferem falar diante do espelho ou para os vales, onde os ecos fazem a sua parte, pois no fundo não propõem nada de novo, apenas uma nova forma tacanha de disfarçar o conservadorismo. O homem primitivo está em todos nós, mas foi a tarefa tanto da evolução quanto de intento das filosofias da metafísica, distanciar-nos com moderação do animal que somos, porém vez ou outra nos sentimos seduzidos a retornar.
      
Não atoa, paira nos ares deste lado do oceano e do lado de lá, uma espécie de "neo arianos", que odeiam por vocação e a seu ódio amam, a vida da polis não pode se tornar uma disputa hooligan. Espero que não esperem para refletir sobre os seus atos depois que nós, seus inimigos eleitos, estejamos todos mortos, seja lá essa consequência última, metafórica ou não.

Matheus Gansohr - Psicólogo. 

O ódio como estratégia política para vencer o PT


Por Ricardo Oliveira


Não é incomum encontrarmos manifestações de ódio ao partido que já soma 11 anos de governo, principalmente nas redes sociais; o Facebook, lugar onde todo tipo de histeria Macarthista é destilada, reúne da critica direitista tacanha a paranóia anticomunista. Nesta semana, os ânimos se exaltaram mais uma vez (a primeira no 1º de maio com o pronunciamento da presidenta) por conta de uma inserção do PT na TV, através de uma propaganda que alerta a população sobre os fantasmas do passado que estão a espreita; não deu outra, os raivosos acusam o partido de campanha terrorista.

O antipetismo está na moda e é alimentado pelas forças conservadoras e reacionárias, direitistas mordidos e carpideiras da ditadura, em parceria com a grande mídia (golpista) que apresenta a população a sua versão (tendenciosa) dos fatos, preocupada muito mais com campanhas negativas sobre o governo, que acabam demonstrando que de isenta não tem nada, pelo contrário, tem lado, partido e candidato.

A realidade, é que a direita não aceita de forma alguma o sucesso do PT a frente do país; é perceptível as diferenças e mudanças em onze anos de Lula e Dilma pós governos neoliberais; diferente do que os apóstolos do colapso econômico propagam, a sétima economia do mundo cresce sem abrir mão do social, do combate a miséria e da fome, da distribuição de renda, da geração de empregos e melhoria do salário mínimo, investindo no ensino superior e no ensino técnico e segue mantendo a economia estável.

Diante deste cenário, a direita deve fazer a sua reflexão e se perguntar o que resta para oferecer aos brasileiros e brasileiras; onde estão os seus projetos, onde estão as suas idéias? Uma oposição que se sustenta em calunias com o apoio dos meios de comunicação que trabalham incansavelmente para nos convencer que vamos de mal à pior, alimentar o derrotismo, a dúvida e a síndrome de vira latas. Não satisfeitos (por não conseguirem convencer ninguém, exceto os pessimistas), tomam o ódio como estratégia, odiar o progresso do país, odiar o PT, odiar a Dilma. Pelas redes correm conteúdos duvidosos que abusam do esvaziamento político com mensagens que estimulam muito mais a violência do que o convite ao debate de idéias; “Fora Dilma”, “Fora Petralhas”, exaltação a figuras como Joaquim Barbosa, Jair Bolsonaro, criticas infundadas à bolsa família, achismo, preconceito e senso comum, pode-se encontrar de tudo. Na TV assistimos os arautos da moral e dos bons costumes, que estimulam linchamentos e formulam opiniões de conteúdo reacionário, pura bravata sensacionalista de obscurantistas dedicados a confundir a opinião pública.

Nesta sincronia sinistra entre meios de comunicação oficiais e militância virtual, onde o objetivo é derrotar o PT a todo custo, a estratégia adotada é o ódio. Resta saber se nesta iniciativa, conseguirão emplacar seu candidato. Por outro lado, o PT deve fazer à autocrítica, avaliar as fragilidades na governança e estar pronto para assumir novos compromissos; em remodelar o seu dialogo com a sociedade, buscando aprofundar e qualificar esta relação com os diversos segmentos que a compõe.



Ricardo Oliveira - Psicólogo.